Início

sábado, 16 de janeiro de 2010

Correspondente internacional do jornal O Globo expõe homossexualidade em artigo com críticas à Igreja


O correspondente internacional do jornal O Globo, Gilberto Scofield Junior, 44, escreveu um artigo nesta sexta-feira, 15, intitulado Em Nome de Deus?, no qual critica a posição da Igreja Católica, na figura do papa Bento XVI, que condenou o "casamento gay" na sua avaliação anual dos acontecimentos mundiais, dizendo ser uma “ameaça à criação”.
No artigo, Gilberto Scofield Junior cita como exemplo a sua vida com o companheiro de um relacionamento de sete anos para as aquisições dos direitos da união civil; não do “casamento gay”.
“Trata-se da discussão de um tema de ordem do direito civil e das garantias individuais, direito que já há muito deveria constar dos nossos códigos civis e cujo lapso transforma gays e lésbicas, em vários países do mundo, em cidadãos de segunda categoria”,
escreve.
O jornalista prossegue os seus argumentos apontando as atrocidades cometidas ao longo da história pela Igreja Católica, até o mais recente escândalo da Igreja Católica da Irlanda, que escondeu mais de trezentos casos de pedofilia dos padres daquele país. “Céu? Inferno? Purgatório? Não, não. O que preocupa gays e lésbicas do mundo inteiro não é o julgamento de Deus, mas a opressão dos homens, e está no terreno dos vivos, e não dos mortos”, diz.


Exposição

O jornalista expõe sua vida privada para respaldar seus argumentos. Cita seu sonho de ser correspondente internacional, que ele desenvolveu na China, por quatro anos e meio, e agora em Washington, nos EUA, onde está há pouco mais de um ano. Logo, este trabalho vai ser interrompido porque não tem leis civis que garantam que seu companheiro possa visitá-lo. Ele cita as humilhações pela quais casais homossexuais passam no setor de imigração dos Estados Unidos, e afirma que não quer que seu companheiro passe mais por isso.
“O resultado é que estou voltando ao Brasil porque não quero que meu parceiro se arrisque a estes momentos de humilhação desnecessária. Momentos de humilhação que só se tornam piores à medida em que o representante maior da Igreja Católica me chama de "ameaça à criação"”, desabafa o jornalista. E, prossegue: “Isso num mundo onde as ameaças à criação de verdade andam com explosivos colados ao corpo ou sequestram aviões e os jogam sobre arranha-céus. Tudo em nome de Deus, curiosamente. Há algo estranhamente fora do contexto nisto tudo ou são apenas divagações de uma "ameaça à criação" ambulante?”, conclui.


Para ler o texto na íntegra, clique AQUI


Fonte: Mix Brasil

0 comentários: