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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Banheiro para gays na quadra da Unidos da Tijuca cria polêmica


A Unidos da Tijuca inaugura oficialmente neste sábado a sua nova quadra na Avenida Francisco Bicalho e uma polêmica: a criação de um banheiro destinado ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). Para Cláudio Nascimento, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio, a proposta é sinal de preconceito. Ele informou que serão encaminhados ofícios a todas as escolas de samba que já tenham adotado o banheiro LGBT. Em 2006, a Unidos do Viradouro, de Niterói, inaugurou o primeiro banheiro gay de locais públicos do estado.

- É um apartheid carnavalesco. Se a intenção era incluir ou proteger os LGBT de preconceitos, tenham certeza de que ela exclui, estigmatiza, extrapola o bom senso e estimula a homofobia - afirma Claudio, que é também coordenador do Programa Rio sem Homofobia e superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

Coordenador de comunicação social da Unidos da Tijuca, Bruno Tenório diz que a intenção foi apenas atender a uma demanda do público LGBT que frequenta a quadra da escola:

- Os transexuais se sentem discriminados. O uso desse banheiro não é uma obrigação, e sim mais uma opção. O metrô, por exemplo, tem um vagão só para mulheres, mas isso não quer dizer que elas não possam viajar nos outros.

Coreógrafo da primeira ala - a dos Ursos - voltada para gays, há cinco anos, Eduardo Saadi não vê problemas na criação do banheiro LGBT:

- Acho que é um lugar para todos se sentirem mais à vontade, longe de olhares curiosos.

Por Jacqueline Costa

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