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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Depois de muitas chacotas, CQC mostra homossexuais de forma respeitosa no quadro Documento da Semana

O programa Custe o que Custar (CQC) tratou da homofobia no quadro “Documento da Semana” exibido ontem, 20. A matéria feita por Rafael Cortez deu o tom mais friendly do repórter brincalhão, diferente de outros como Danilo Gentili, que fez a cobertura da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo deste ano de forma jocosa.

Oscar Filho e Felipe Andreoli também fizeram a matéria de forma, digamos, respeitosa. Vez ou outra a edição com alteração das vozes dos entrevistados e as legendas – como no caso do apresentador esportivo Paulo Soares, por exemplo, e Lúcio, discriminado na Doceria Ofner com o namorado Marcelo durante o beijaço no último dia 12.

Voltando ao palco com os apresentadores, Marcelo Tas defendeu o programa da acusação de homofóbico. Isso após o apresentador Rafael Bastos dizer que era acusado de homofóbico negando que não era, pois havia “comido muitos homens”.

Sempre fazendo referência dos gays com o ânus, Rafael Bastos disse que, para acabar com o preconceito, seria bom promover um “beijaço grego” [popularmente conhecido como cunete]. Antes do programa ir ao ar, o Grupo Homo Unidos, uma rede virtual LGBT fiscalizadora de práticas homofóbicas da mídia, liderada por Justo Favaretto Neto, havia feito contado com a produção do programa por e-mail e via telefone.

Mudar de canal? – Antes da veiculação da reportagem, Favaretto Neto telefonou para o produtor do CQC Daniel Cronfli solicitando uma forma respeitosa de abordar o beijaço e os ataques homofóbicos dos jovens na Av. Paulista por se tratar de manifestações de combate à homofobia. “Sempre colocam a imagem do animal veado, um lacinho na cabeça como chacota à homossexualidade”, justificou Favaretto Neto. O produtor respondeu que haveria brincadeiras sim.

Por sua vez, o líder do Homo Unidos questionou o respeito do programa a outras minorias e não com os LGBT. “Perguntei porque fazem piadas conosco e nos chamam por termos pejorativos, porém respeitam outras minorias, negros por exemplo, quando ele ficou muito estressado e disse que "assim" não dá pra discutir (obviamente porque ficou sem o que responder, pois não poderia dizer que respeita os negros porque o racismo é crime, diferente da homofobia) e desligou o telefone na minha cara”, conta.

Fonte: Mundo Mais


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