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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Jovem baleado após Parada Gay no Rio recebe alta de hospital


Um estudante que foi baleado na noite de domingo (14), no Arpoador, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebeu alta do Hospital Miguel Couto no fim da manhã desta segunda-feira (15). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele não passou por cirurgia. A vítima, ferida após a Parada Gay em Copacabana, acusa militares de o terem abordado de maneira homofóbica e efetuado o disparo. O exército nega.

A Polícia Civil convocou o oficial de dia do Exército, de plantão no domingo (14), para prestar depoimento.

"Os militares teriam chegado ao grupo fazendo ameaças e, então, houve o disparo. Estamos em contato com o Exército para conseguir chegar aos suspeitos, já que a vítima nos disse que seria capaz de reconhecer o responsável pelo tiro", afirmou o delegado-adjunto Alessandro Thiers, da 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado.

“Chegaram três militares, fazendo pressão psicológica com ele e com os outros. Alguns saíram correndo, o seguraram, botaram uma arma na cabeça dele, perguntaram o telefone e se os pais sabiam que ele era assim”, contou Viviane, mãe da vítima, repetindo a versão contada pelo filho.

Exército nega envolvimento de soldados
O Comando Militar do Leste (CML) divulgou uma nota oficial, na manhã desta segunda-feira (15), em que nega que um militar tenha atirado contra o estudante. O CML afirma que não há registros de disparos por militares na data do crime e que o local, o Parque Garota de Ipanema, não está sob a administração do Forte de Copacabana.

A polícia pediu, também nesta segunda, ao Comando Militar do Leste a lista de todos os militares que estavam em serviço na noite de domingo no Forte de Copacabana. A ideia é que a vítima reconheça o autor dos disparos por fotografias.

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