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sábado, 28 de agosto de 2010

Fernando Alcântara critica postura da Escola de Sargentos do Exército exigir teste de HIV a candidato


Após tomar conhecimento da matéria Exército Exige Teste de HIV em Concurso, publicada na Folha de S. Paulo [11/08/2010], não pude tomar outra medida senão emitir nota sobre o assunto que afronta a dignidade humana.

Causou-me espanto a notícia de que as Forças Armadas poderão exigir exames de HIV dos alunos da Escola Militar e vetar aqueles que forem soropositivos, impedindo sua carreira e destruindo seus sonhos. Desde os anos 80, essa discussão é cercada por uma prática dolorosa.

O surgimento da doença, que dizimava vidas em pouquíssimo tempo, assustou o mundo naquela época. Especulações atingiram a opinião pública mundial e causou grande constrangimento aos vulneráveis. Essa onda de caça às bruxas, certamente, tem suas bases num preconceito existente há séculos, onde se expurga da sociedade os considerados "diferentes" – que assim passam a ser estigmatizados.

No início, a síndrome chegou a ser chamada de peste gay. Mas a medicina proporcionou grandes avanços e o assunto foi recolocado, pelo menos em parte, no seu lugar. A cultura mudou, e a sociedade começou a enxergar no antigo “diferente” um ser humano que, como todos os outros, poderia estar doente ou não, livrando-o do estereótipo que lhe reduzia a condição humana.

Fonte: Mundo Mais

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