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sábado, 17 de abril de 2010

Para alguns biógrafos, inventor do avião era gay; para outros era assexuado. Leia biografia


Alberto Santos-Dumont, aeronauta, esportista e inventor reconhecido do dirigível e do avião.

Herói de duas pátrias - Brasil e França - patrono da Aeronáutica brasileira (único civil a representar as Forças Armadas, já que Caxias é o do Exército e Tamandaré, o da Marinha). "Dandy" generoso que doava os prêmios aos pobres, supersticioso que odiava o número 8, queridinho da sociedade parisiense da belle époque, ícone vivo nos tempos em que viveu no Brasil, morador da “Encantada”- casa cheia de truques e surpresas em Petrópolis, RJ, hoje um Museu que leva seu nome.

O senhor sisudo nomeou cidade, time de futebol, o aeroporto doméstico aqui no Rio, ruas, praças, escolas, coleções de relógios, enredo de escola de samba, filmes, tema de teses e TCCs. Recentemente, por ocasião do centenário do voo pioneiro, foi agraciado com um site patrocinadíssimo, contando a trajetória de sua vida pública.

Existe ali um link bem curioso, onde foram listadas (nas duas décadas iniciais do século 20) as possíveis namoradas, noivas e amantes de SD, inclusive Mercedes de Acosta. Famosa lésbica que, na época, ao saber da inclusão de seu nome, achou muito divertido e disse que o interesse era apenas visitar o hangar e, quem sabe? - aprender a pilotar.

Da vida pessoal do herói, quase não se fala. Duas recentes obras, entretanto, atravessam o som desse louvatório. Paul Hoffmann, em “Wings of Madness” (Asas da Loucura, Paperback Publisher/2003), concorda com todo o peso da contribuição científica, mas insiste que o herói era gay. Henrique Lins de Barros em Santos-Dumont e a Invenção Do Vôo (Ed. Jorge Zahar/2003) acha que era assexuado. Mas, num rasgo homofóbico e politicamente incorreto escreve: "ele não sofria de homossexualidade, sofria de esclerose múltipla". Sacaram, leitores? Ele não "sofria de homossexualidade".

Ele sofria de síndrome de pânico, era bipolar e tinha crises terríveis de depressão. Mas, ao contrário de muita gente boa de hoje em dia que afirma ir “ao neurologista’ pegar suas receitinhas de Frontal, Rivotril e quetais, ele ia abertamente aos consultórios dos Drs. Juliano Moreira e Henrique Roxo. Deixou entre seus papeis recibos de honorários pagos aos psiquiatras. Acontecimentos traumáticos como o suicídio da mãe, ao mesmo tempo em que era venerado na França, colaboraram para o final trágico.
Fonte: Mix Brasil

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