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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Primeira publicação gay do Brasil, o jornal Lampião da Esquina terá seu acervo restaurado e digitalizado


As edições do jornal Lampião da Esquina serão restauradas e digitalizadas para consulta e preservação da história gay nacional. Ao todo são 41 edições, que circularam entre 1978 a 1981.
O trabalho de resgate e preservação é feito em parceria com a Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD) e com o Grupo Dignidade, ambos de Curitiba, e financiado pelo Ministério da Cultura.
Segundo Toni Reis, presidente do Dignidade, a empresa que vai fazer os serviços já foi contratada e a meta é que até março todo o material esteja restaurado e preservado. “Queremos encontrar os participantes do Lampião para convidá-los para a inauguração do acervo”, disse Reis.
As edições digitalizadas ficarão disponíveis para consulta no Centro de Documentação Prof. Dr. Luiz Mott (Cedoc), na sede do Grupo Dignidade. O Cedoc é um acervo de diversos materiais sobre os LGBT, como teses, dissertações, monografias e artigos, livros, documentos, periódicos, entre outros.


Sobre o Lampião – Lançada em abril de 1978, a publicação, sediada no Rio de Janeiro, tinha 20 páginas e formato tabloide. Esse nome diferenciaria a publicação de uma editora paulista chamada Lampião.
A ideia de fazer o jornal surgiu quando o jornalista João Antônio Mascarenhas, do Pasquim, reuniu, em 1977, um grupo de jornalistas para entrevistar Winston Leyland – editor da revista americana Gay Sunshine.
Leyland veio ao Brasil para conversar com escritores brasileiros, pois pretendia fazer uma antologia de literatura gay latino-americana. A partir daí, alguns desses jornalistas ficaram entusiasmados com a ideia de criar um jornal gay nacional. Naquele período, aparecem os primeiros grupos militantes inspirados no levante gay de Stonewall (1969).


Fonte: Mundo Mais

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