Revista Época entrevista Adnan Ali. Mulçumano gay que mora no Brasil.

Com o título de “Gay e muçulmano? Como assim?”, os jornalistas Fernando Scheller e Juliano Machado narram a vida de Adnan Ali, um paquistanês que mora no Rio e que luta pela a aceitação de homossexuais pelo Islã, na Revista Época desta semana. Adnan Ali, 37 anos, mora no Rio de Janeiro e conta na matéria o seu amor infantil por outro menino e a dura vida de homossexuais sob o Alcorão. Ali vive com seu companheiro atual no Brasil, um médico inglês da ONG Médicos Sem Fronteiras, e de destaca na luta pelo fim do preconceito no mundo islâmico.Ele narra sua história e momentos de pavor, como o que sua família achou uma carta de um paquera e a surra que tomou. Fala ainda que no Paquistão a homossexualidade pode ser condenada com a pena de morte e diz já presenciou vizinhos sendo levado arrastados e que nunca mais voltaram. Ele diz que sua família só o tolerou pois dependiam de seu dinheiro para sobreviverem, já que ele trabalhava em uma rede internacional de hotéis.
Depois de ir para a Inglaterra com uma bolsa de estudos, o jovem reuniu um grupo de muçulmanos em Londres e passou a militar pelos direitos humanos de gays do Oriente Médio. Com isso, após ganhar visibilidade internacional, foi considerado à fatwa – sentença máxima pelos líderes religiosos islâmicos, pena de morte, e hoje não pode voltar ao seu país. Enfrentando uma religião milenar e cheia de fundamentalismo, a tarefa não é fácil. Hoje, deslocado de sua comunidade, o jovem tenta ajudar pela internet os outros gays que não enxergam mais esperança na vida. O que deve ser fácil para quem enfrentou toda uma sociedade para ser o que é e buscar a sua felicidade.

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