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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Garotos tiram pelos da axila por higiene ou vaidade


"'Cabelo' no rosto e embaixo dos braços para mim é sujeira", diz o aluno de educação física.
A nudez ali também tem uma razão prática: ele nada e diz que "o enrosco na água diminui".

A chave de braço é outra para Filinto Peloches, 16, que reclama dos nós "tranca-sovaco" que se formam ao longo do dia.
"Aos 13, os pelos cresceram de um dia para o outro, tipo grama de chácara. Mas só me incomodam os do sovaco mesmo."
Para voltar à "impuberdade", Filinto vai com a mãe ao salão de beleza uma vez por mês.
Lá, depila a axila com cera quente. Leva uns 15 minutos, diz, mas é um quarto de hora do pesadelo. "Não grito, porque só tem mulher ao redor."
Ainda assim, volta. Costuma ser assim, afirma Kamillo Chelles, que há 18 anos trabalha em uma clínica de estética só para homens, em SP, e viu a procura por serviços nas axilas crescer.
"São poucos os que depilam. Metade dos que vêm aqui fazem com a máquina, no [pente] de um ou de dois [milímetros]."
O designer Giovani Castelucci, 21, vai logo na máquina zero. Com o aval da namorada, ele apara a axila mais frequentemente do que a barba. "O pelo dá a impressão de acumular suor. Incomoda."
Não é só impressão. Emerson Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que o pelo pode, sim, aumentar o cê-cê.
Como esquenta a região embaixo do braço, faz suar mais e cria um ambiente mais propício à proliferação de bactérias causadoras do futum.
"O pelo da axila não tem função nenhuma. Mas tirá-lo tem suas desvantagens", diz Lima.

Fonte: Editoria de Arte/Folha Imagem

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